domingo, 19 de junho de 2011

O regresso a Munique

Havia já algum tempo que não ia a Munique. Durante alguns anos da minha vida fui, tanto por razões pessoais como profissionais, um visitante mais ou menos assíduo desta cidade.
A primeira vez que lá estive foi no principio dos anos 80 e aquilo que mais me impressionou nessa altura foi a organização e limpeza da cidade, aliás era assim por toda a Baviera. Verdadeiramente uma terra de princesas e castelos de fadas.
Mais tarde, após a queda do Muro de Berlim, a Alemanha foi atingida por uma onda imigração vinda dos países de leste e a cidade foi invadida por aquela gente que acompanha sempre quem vem procurar honestamente uma vida melhor, na tentativa de tirar partido da destabilização social que esses movimentos causam.  A cidade encheu-se de gente perigosa, algumas zonas passaram a ser pouco recomendáveis, havia vagabundos e bêbados por todo o lado e nas ruas, principalmente da zona antiga, passou a haver lixo em abundância.
Voltei este mês para uma curta visita de três dias em trabalho. Aproveitei o facto de os dias já estarem mais longos para fazer umas caminhadas pela cidade ao fim da tarde e vi, com grande satisfação, que esta voltou a ser um local extremamente agradável.
Sem  voltar a ser aquela cidade conservadora, com uma organização quase doentia, que conheci nos anos 80, soube adaptar-se á realidade social multicultural que se instalou pela Europa e soube resolver os problemas sociais mais visíveis no início dos anos 90.












Munique é hoje uma cidade, cheia de luz e cultura, em que o moderno e o antigo convivem na mais perfeita harmonia. É uma cidade que convida a sair de casa, seja para passear, fazer desporto, assistir a um concerto, ir ao teatro, visitar um dos seus inúmeros museus ou simplesmente ficar na esplanada de um qualquer biergarten a degustar um schweinaxe acompanhado de uma caneca (ou duas) de excelente cerveja.
Mahlzeit.

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